quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Acidente Ofídico (Acidente com serpentes)



O acidente ofídico é o envenenamento por inoculação de toxina, através da picada de serpentes. No Brasil existem quatro gêneros de serpentes peçonhentas, são elas:

  • Bothropssensu latu (jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, combóia);
  • Caudisona, ou, Crotalus (cascavel);
  • Lachesis (surucucu-pico-de-jaca);
  • Micrurus (coral verdadeira).

O envenenamento ocorre quando através da picada, a serpente consegue injetar o conteúdo de suas glândulas venenosas, sendo assim, pode ocorrer da picada não levar ao envenenamento.

Em caso de acidentes com serpentes, a vítima deve ser levada imediatamente a um hospital, para que se possa receber o devido socorro.  Os acidentes ofídicos são atendidos e tratados baseando-se nos sintomas, ou seja, não se faz necessário levar a serpente causadora do envenenamento ao hospital para reconhecimento.

Os sintomas são classificados da seguinte maneira:

  • Gênero Bothrops:

 As jararacas são responsáveis por 90% dos acidentes ofídicos no Brasil
Seu veneno tem três tipos de ação:

  1. Ação proteolítica: provoca reação inflamatória, dor e edema, podendo causar necrose dos tecidos.

  2. Ação coagulante: pode causar incoagulabilidade sangüínea.

  3. Ação hemorrágica: causa hemorragia no local da mordida, podendo ser também pelas narinas, olhos, boca.

  • O tratamento se faz imobilizando a vítima, manter na horizontal o membro afetado, administração de soro específico ou polivalente, hidratação, aplicação de analgésico e antibiótico. O tratamento para crianças é o mesmo. Manter a pessoa em observação, monitorando o tempo de coagulação.


  • Gênero Caudisona / Crotalus:

Os acidentes com cascavéis atingem 7,7% do total de acidentes ofídicos, mas a sua letalidade é muito alta, principalmente por provocar insuficiência renal aguda. São encontradas em regiões mais áridas, mais secas.

  • Os sintomas do envenenamento são sinais neurotóxicos, fraqueza muscular, mal-estar, prostação, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, secura da boca, visão dupla, cegueira, escurecimento da urina, oligúria e anúria. Se houver dor, é muito pequena.

  • O tratamento se faz com a aplicação de soro polivalente ou específico (10 a 20 ampolas, preferencialmente IV). Manter hidratação.


Gênero Lachesis:

Os acidentes laquéticos são muito raros (1,9%), devido ao seu habitat específico, onde a densidade populacional é muito baixa. Além do porte avantajado, distinguem-se das jararacas pelo fato de terem escamas eriçadas na cauda.

  • A ação do seu veneno assemelha-se ao das jararacas, podendo também apresentar sintomas neurotóxicos.

  • O tratamento é semelhante ao usado para jararacas, com soro polivalente ou específico.


Gênero Micrurus:

Pela pouca agressividade, pela pequena abertura da boca, os acidentes com as corais são poucos (0,4%), restritos a quem as manipula. Por outro lado, a letalidade é alta e há pouco soro disponível.

  • Os sintomas da intoxicação são parecidos com os da cascavel, mais a insuficiência respiratória e dor intensa no local da mordida.

  • O tratamento é feito com soro específico, além de ventilação artificial.


ATENÇÃO:

*Não se deve em hipótese alguma tentar retirar o veneno da vítima, mordendo e sugando o local da picada. Esse processo é ineficiente e isso pode causar o envenenamento de quem faz o processo, além de transmitir qualquer tipo de doença presente no sangue da vitima a quem efetua o processo.

* Não se deve também fazer torniquetes tentando evitar que o veneno se espalhe, pois se houver coagulação do sangue, a vítima pode até perder o membro.   


Fontes:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31494
Slides - Prof. walcir Mendes

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

EM – ESCLEROSE MÚLTIPLA


*Seminário de anatomia e Citologia / Histologia, apresentado pelos acadêmicos:  
 Carlos Oliveira Rocha, Cleonyce Ferreira,  Danielle Athayde, Deidiane Lima de Souza, Karla Talita Santos Silva e Katiúcia Carvalho Gomes - Funorte - ICS.



O que é EM (Esclerose Múltipla)?

A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crônica que atinge o SNC (Sistema Nervoso Central). Comum em adultos e jovens; foi descrita, inicialmente, em 1868, pelo neurologista francês Jean Martin Charcot, que a denominou "Esclerose em Placas". É conhecida também como doença desmielinizante, devido ao fato de lesar a mielina, prejudicando a neurotransmissão.

SNC – Sistema Nervoso Central

Constituído pelo encéfalo e a medula espinhal, e se localiza no crânio e no canal vertebral, sendo, ambos, reforçados por três lâminas conjuntivas, denominados Meninges.



 Tudo que fazemos, seja dar um passo, resolver um problema, ou mesmo respirar, torna-se possível, graças ao funcionamento integrado do sistema nervoso.

O SNC é responsável por receber, processar e transmitir informações. Esse processo ocorre através de estimulo, que é captado por terminações nervosas, transmitidas através dos nervos até o córtex, onde ocorre à interpretação, logo depois o cérebro emite uma resposta.

Neurônios  

Os neurônios são células nervosas responsáveis pela recepção e transmissão de estímulos, é composta por um corpo celular (núcleo, citoplasma e citoesqueleto) e finos prolongamentos chamados neuritos, que podem ser divididos em axônios e dendritos. Os dendritos atuam como receptores de estímulos e os axônios atuam como condutores de impulsos nervosos. O corpo celular do neurônio, se encontra na massa cinzenta, enquanto o axônio se encontra na massa branca. Os neurônios podem ser classificados da seguinte maneira:

1.      Receptores ou Sensitivos (aferentes), que recebem estímulos sensoriais e conduzem impulsos nervosos ao SNC
2.      Motores ou Efetuadores (eferentes), que transmite impulsos motores, dando respostas aos estímulos.

3.       Associativo ou Interneurônios, que estabelecem ligações entre os neurônios receptores e os motores.


Bainha de Mielina

A bainha de mielina é uma estrutura rica em lipídios que reveste o axônio e atua como um isolante elétrico que  facilita e acelera a propagação dos impulsos elétricos.  



Sinapse

Sinapse são locais especiais de contato superficial onde ocorre a neurotranmição. Um impulso é transmitido através de sinapses, quando um impulso atinge a extremidade do axônio, da célula pré-sináptica, ocorre à liberação de nrurotransmissores, como adrenalina, acetilcolina, noradrenalina, dopamina e serotonina, entre outros, no espaço sináptico. Essa é chamada Sinapse química.

Como ocorre a EM (Esclerose Múltipla)?

O que acontece na EM é a perda de mielina (desmielinização), que leva a interferência na transmissão dos impulsos nervosos através dos axônios; e isso compromete a função do sistema nervoso. Não existem, ainda, causas conhecidas para a Esclerose Múltipla, acredita-se tratar de uma doença autoimune por motivos genéticos ou ambientais, de forma que o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina e isso causa destruição dessa bainha e danos no axônio.



Quais são os possíveis sintomas?

Como se trata de uma doença que atinge o sistema nervoso Central e como os nervos de qualquer arte di encéfalo ou medula espinhal podem ser atingidos e danificados, os pacientes de EM podem ter sintomas variados em enumeras partes do corpo. Alguns dos sintomas são:

Sintomas musculares:


Perda de equilíbrio
Espasmos musculares
Dormência ou sensação anormal na zona
Problemas para movimentar braços e pernas
Dificuldade para andar
Problemas de coordenação e para fazer pequenos movimentos
Tremor em um ou mais membros

Fraqueza em um ou mais membros


Sintomas da bexiga e intestino:


Constipação e incontinência fecal
Dificuldade para começar a urinar
Necessidade freqüente de urinar
Forte vontade de urinar
Incontinência urinária


 Sintomas nos olhos:


Visão dupla
Incômodo nos olhos
Movimentos rápidos dos olhos incontroláveis
Perda de visão (geralmente afeta um olho de cada vez)




*Dormência, formigamento ou dor


Dor facial
Espasmos musculares dolorosos
Formigamento ou ardência de braços e pernas


Outros sintomas nervosos


Atenção e capacidade de julgamento diminuído, perda de memória
Dificuldade para raciocinar e resolver problemas
Depressão ou sentimentos de tristeza
Tontura e problemas de equilíbrio
Perda de audição


Sintomas sexuais



Problemas de ereção
Problemas com a lubrificação vaginal





Fala arrastada ou difícil de entender
Dificuldade para mastigar e engolir

*A fadiga é um sintoma comum com a progressão da AM.



Diagnostico

Os sintomas da EM, se assemelha com os sintomas de outras doenças do SNC e por esse motivo, é muitas vezes confundida com outras doenças do SNC. Assim, o diagnostico é feito com a exclusão de outras doenças.




O exame neurológico pode mostras uma função nervosa reduzida em uma ou várias partes do corpo.


Os exames para diagnosticar a EM incluem:

Punção lombar para examinar o fluido cérebro-espinhal
Ressonância magnética do cérebro e da espinha é importantes para ajudar a diagnosticar e acompanhar a doença

Estudo da função dos nervos


Tratamento
Atualmente, não existe cura para a EM. O tratamento consiste em desacelerar a progressão da doença, controlar sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.


Depressão
Dificuldade de deglutição
Dificuldade de raciocinar
Capacidade cada vez menor de cuidar de si mesmo
Necessidade de um cateter permanente
Osteoporose ou afinamento dos ossos
Escaras (úlceras de pressão)
Efeitos colaterais dos medicamentos usados para tratar a doença
Infecções do trato urinário 


FONTES:

Fundamentos de Histologia – 2ª Edição – David H. Cormak (2001), Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro – RJ.
Anatomia e Fisiologia Humana – 5ª Edição – Jacob, Francone, Lossow (1990), Editora Guanabara Koongan, Rio de Janeiro – RJ

http://abem.org.br
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?185
http://www.brasilescola.com/biologia/sistema-nervoso-central.htm
http://www.webciencia.com/11_29snc.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-nervoso/sistema-nervoso-central.php
http://www.cerebronosso.bio.br/divises-principais/
http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso1.asp
http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/esclerose-multipla/
http://saude.ig.com.br//minhasaude/enciclopedia/esclerose+multipla/ref1238131548823.html?gclid=CKK5i6iL76wCFc2A7QodjRn2Kg




quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cultura e Saúde


Quando compreendemos que:  "Saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença”  Logo temos temos que compreender que assim como muitos outros fatores, tais como, socioeconômico e ambiental, a "CULTURA", também está intrinsecamente ligado a saúde e o bem estar.

Então vamos tentar entender um pouco mais sobre "CULTURA" :
     


     Conceito de Cultura

Cultura é o modo como, indivíduos e comunidades respondem as suas necessidades e aos seus desejos simbólicos.

A cultura, assim entendida, engloba a língua que falamos as idéias de um grupo, as crenças, os costumes, os códigos, as instituições, as ferramentas, a arte, a religião, a ciência, enfim, todas as esferas da atividade humana. Mesmo as necessidades básicas da espécie – como reprodução e alimentação – são realizadas de acordo com regras, usos e costumes de cada cultura.

Relação e conceituação de cultura de um grupo com exemplo de manifestação cultural.

Para entendermos melhor, vamos imaginar os grupos sociais como “tribos”. Assim, teremos diversas tribos com idéias e costumes diferentes. Teremos, por exemplo: A “Tribo Norte Americana”, “Tribo Asiática”, “Tribo Brasileira”, entre outras. Podemos ainda dividir esses grupos em subgrupos, o que poderia, por exemplo, no caso da “Tribo Brasileira”, se dividir como, “Tribo Paulista”, “Tribo Carioca”, “Tribo Mineira”, assim, sucessivamente.

Pegaremos então, como exemplo, a “Tribo Mineira”. Essa tribo define-se da seguinte maneira:

- Todas as pessoas nascidas no estado de Minas Gerais, Brasil.
(Logo, faremos parte também da “Tribo Brasileira”, a qual a “Tribo Mineira” se encontra inserida.)

De forma a atender suas necessidades e desejos, a “Tribo Mineira” procura de diversas formas, sejam no âmbito, de saúde, diversão, locomoção, necessidades básicas, entre outros, desenvolverem técnicas e práticas que se enquadrem melhor ao seu cenário social. Surgindo assim uma linguagem própria, alimentação adequada ao seu ambiente, artesanato, músicas, esporte, literatura, etc.

Compreendemos esse conjunto de fatores (técnicas e práticas), como “Diversidade Cultural”, ou seja, a “Cultura Mineira” dentro da “Cultura Brasileira”.
  

*Cultura Mineira




(O texto abaixo foi retirado do Portal Online do Governo de Minas Gerais).

A diversidade cultural de Minas Gerais é uma das riquezas e um dos patrimônios mais importantes do Brasil. É um estado que soube usar todas as suas influências, que soube atrair olhares para sua região, o que resultou na produção de uma sociedade tão autêntica nas suas manifestações e expressões culturais.

O Estado de Minas Gerais detém boa parte do patrimônio histórico nacional e suas cidades centenárias contêm importantes registros materiais que narram episódios importantes da história do Brasil e são palco para manifestações artísticas. O Estado reúne enorme acervo arquitetônico e artístico do período colonial preservado nas cidades de Ouro Preto, Diamantina e Congonhas do Campo, verificado pelas obras em estilo Barroco.

As manifestações folclóricas em Minas têm suas origens nas tradições, nos usos e costumes dos colonizadores portugueses, com forte influência das culturas indígena e africana. Essas influências estão presentes no artesanato, na culinária, nas danças típicas, nas músicas, na literatura, e no folclore, com as manifestações populares. No campo do folclore, as crendices e superstições dos mineiros são cultivadas de geração em geração.

A culinária mineira com seus pratos deliciosos (feijão tropeiro, o angu de milho verde ou de fubá com frango, a paçoca de carne seca, farofas) cria hábitos e costumes na sua população e é a mistura de influências das comidas indígenas, dos escravos africanos, dos portugueses, dos tropeiros.

De Minas saíram várias maneiras do mundo, do próprio estado e do Brasil serem lidos, através das páginas de escritores mundialmente conhecidos, como Carlos Drummond de Andrade. De Minas, floresceram os ideais de liberdade que espalharam-se pelo Brasil. Foram feitos pratos ao sabor mineiro para o Estado ser saborosamente degustado, saíram formas do mundo ser representando, pelas mãos de Aleijadinho, e o sonho do homem voar surgiu da criação de Santos Dumont, sem mencionar os grande feitos de Pelé no futebol.

Talvez o jeito mineiro seja muito mais do que o jeito tranqüilo e agradável de falar. É o jeito de se expressar, de se fazer representar. O jeito mineiro vai além do tradicional pão de queijo, vai além das diversas igrejas e imagens tombadas como patrimônio cultural, vai além da arquitetura. Influenciados por diversos costumes construídos através do tempo e das relações sociais, e apurados pelas fronteiras com outros estados, os mineiros foram construindo seus hábitos. E a partir de tudo isso foi produzida a cultura mineira, com diversos ingredientes se mesclando continuamente.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Escravos da Beleza


“O padrão inatingível de beleza amplamente difundido na TV, nas revistas, no cinema, nos desfiles, nos comerciais, penetrou no inconsciente coletivo das pessoas e as aprisionou no único lugar em que não é admissível ser prisioneiro: dentro de si mesmas.” Cury, Augusto Jorge (2005) A Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres. Rio de Janeiro: Sextante

Em um mundo amplamente competitivo e desigual; para muitos, a “imagem pessoal” tem assumido o significado de “poder e status”. E é assim que milhares de pessoas se deixam dominar pelos estereótipos da beleza e os seus padrões pré-definidos pela mídia modista. Homens e mulheres, jovens e adultos, um exército de alienados que são capazes de qualquer coisa, desde horas inacabáveis em academias, a cirurgias agressivas e dietas exageradas que agride o organismo, tudo para se alcançar o tão sonhado e “utópico” corpo perfeito. Mas nessa busca pela “perfeição”, não é raro, os que acabam por ultrapassar a barreira do bom senso e tornam-se vitimas do exagero. A insatisfação, a ansiedade e a frustração de quase sempre sentirem-se fora do “padrão”, seguidas pela baixa auto-estima, dão lugar a problemas sérios como, por exemplo, a bulimia e a anorexia.

A sociedade cobra, a mídia exige e, as pessoas aderem a uma nova forma de vida, submissas a um padrão preestabelecido do “belo e do feio”, que inconscientemente gera o preconceito, a discriminação e a intolerância. Dessa forma é comum que surja pelo mundo novos termos como o “Bullying” que utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, geralmente entre estudantes, que demonstram a cima de tudo, a intolerância pelas diferenças.

E é nesse cenário socialmente patológico que se dissemina a síndrome da beleza. E é também, nesse mesmo cenário, que aos poucos o mundo vai se transformando em um molde globalizado de desarmonia, injustiça e insatisfação, onde as pessoas vivem a mercê de um padrão de normalidade anormal, onde ser “belo” é uma lei a qual deve se seguir cegamente.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

*Trabalho apresentado em seminário sobre Vigilância em Saúde - Funorte, 01/11/11.

Equipe: Ana Paula Rodrigues dos Santos, Carlos Oliveira Rocha, Deidiane Lima de Souza, Karla Talita Santos Silva, Katiúcia Carvalho Gomes






Conceito de sustentabilidade

O termo “Sustentabilidade” é para definir as ações e atividades humanas que visam suprir as suas necessidades de forma que não venha a comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao uso dos recursos naturais de forma inteligente para que não haja degradação e assim possam se manter no futuro.

De acordo com o Relatório de Brundtland – 1987 (Documento elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU):

“A sustentabilidade é baseada em três aspectos que devem coexistir em equilíbrio: o ambiental, o econômico e o social. Como estes aspectos representam variáveis independentes, as escolhas resultantes serão diferentes em cada situação apresentada. Portanto, não existem receita nem cálculo absoluto que determine o que deve ser feito ou não para que um projeto seja mais sustentável.

A sustentabilidade na esfera ambiental requer equilíbrio entre proteção do ambiente físico e seus recursos, bem como o uso desses recursos de forma a permitir que o ambiente continue dando suporte àquilo que se convencionou chamar de qualidade de vida. O âmbito social abrange o desenvolvimento de sociedades justas, que proporcionem oportunidades ao desenvolvimento humano. Quanto ao econômico, requer um sistema que facilite o acesso aos recursos e às oportunidades indispensáveis à prosperidade da sociedade, dentro dos limites do que é ecologicamente possível e sem ferir os direitos humanos básicos.”



O Planeta pede ajuda!
  
De acordo com Mikhail Gorbachev, em reportagem intitulada A Natureza Não Espera -  Revista World Watch (2001): ” O impacto e as previsões do aquecimento global estão piorando e a desertificação avança; o desmatamento e a poluição estão pondo nossos ecossistemas em perigo; e mais de 1,2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável.”


 Nos últimos tempos, temos presenciado grandes catástrofes naturais, e a grande maioria, se resulta das ações desgovernadas e devastadoras do homem ao meio ambiente.  O desmatamento inconsciente, a caça predatória, a utilização exagerada dos recursos hídricos, assim como a falta de “educação ambiental”, o consumismo, a produção de lixo exagerada e as toneladas de gases poluentes lançados na atmosfera, são algumas destas ações e, também, os maiores causadores do desequilíbrio do eco sistema.

O consumo e exploração incontrolável de produtos e recursos naturais e minerais do planeta vêm agravando a vida na terra e deixando em duvida o futuro.  Furacões, tornados, tsunames, maremotos e enchentes, são cada vez mais constantes devido ao aquecimento global, que tem como causa principal a concentração crescente de gases poluentes (que causam efeito estufa) na atmosfera terrestre.


A situação é extremamente grave e tende a piorar, se não houver uma “consciência ambiental”, por parte da humanidade, em breve a situação será intolerável e em um futuro não muito distante, a vida no planeta será reduzida e chegará ao fim.

Catástrofes como o Tsuname ocorrido no Japão no inicio de 2011, será algo pequeno, se comparado as “Mega-catástrofes” já prevista por cientistas de todo o mundo, caso não haja uma rápida e efetiva mudança em relação às ações e atitudes humanas em relação ao meio ambiente.  


Desenvolvimento Sustentável – Plante essa idéia!

O desenvolvimento sustentável depende da conscientização de que os recursos naturais são finitos. De forma que se possa fazer um melhor planejamento do uso dos mesmos, sem que haja a degradação do ecossistema.


A sustentabilidade depende de todos, é através de pequenas mudanças individuais e atos conscientes, como a simples separação de lixo, a reciclagem, a caça e a exploração dos recursos naturais, como meio de sobrevivência, visando apenas suprir as necessidades e não de forma predatória, exagerada e desorganizada.


O setor público e privado, também tem papeis de fundamental importância e devem desempenhar ações em conjunto para tratar de questões ambientais, seja a nível nacional ou transnacional. Seus gestores devem estar sempre atentos à responsabilidade social e ambiental, de forma a colaborar constantemente com a melhoria de vida humana em todos os sentidos, além da preservação do planeta e sua biodiversidade.

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL É PRESERVAR O PRESENTE PARA TER UM FUTURO!



  

As cores mórbidas do descaso


  
No amanhecer de uma nova era nos vemos acordar em mundo despedaçado, onde as cores mórbidas tomam conta da paisagem enquanto substituímos os verdes das matas por “cinzas” do descaso. Mas o descaso com nosso planeta nada mais é do que o reflexo do descaso com nós mesmos, há muito substituímos nossos sentimentos pelo que chamamos de “razão”, mas não há razão em nossos atos, não há razão sem sentimentos, há apenas hipocrisia. E nossas ações, embora nos consideremos modernos, são primitivas e irracionais e racionalidade talvez seja o que nos falte no momento. Fazemos piadas sobre os “caipiras” que plantam seu próprio alimento e andam a cavalo, quando somos a verdadeira piada com nossa comida enlatada e nossos veículos poluentes. Louvamos ainda a “globalização”, qual, dizem ter derrubado todas as fronteiras, mas essa tal “globalização”, não passa de uma invenção do capitalismo para nos tornar ainda mais consumistas. A verdadeira “GLOBALIZAÇÃO” ainda está longe de acontecer e nunca antes tivemos tantas fronteiras, fronteiras que nós mesmos criamos. Nossas próprias casas tornaram-se fronteiras que nos sitiam em frente aos televisores e computadores, tornando-nos cada vez mais alienados e nos afastando cada vez mais da realidade. Vivemos em mundo frio onde nos tornamos cada vez mais materialistas e onde cores mórbidas do descaso estão cada vez mais presentes.
 (Texto: "As Cores Mórbidas do Descaso", Por Carlos O. Rocha, em kidpsicotico.blogspot.com, 09/09/09)



Fonte:
http://www.scielo.br/pdf/cp/n118/16834.pdf
http://marcouniversal.com.br/upload/RELATORIOBRUNDTLAND.pdf
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/sustentabilidade-ambiental/23978/
http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/sustentabilidade-ambiental-o-que-e-a-sustentabilidade-ambiental/
http://kidpsicotico.blogspot.com/search/label/As%20cores%20morbidas%20do%20descaso
RevistaWorld Watch - http://www.wwiuma.org.br/
http://siteresources.worldbank.org/EXTENVIRONMENT/Resources/EvalSumm_port.pdf

domingo, 4 de dezembro de 2011

Declaração de Alma-Ata




A conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reunida em Alma-Ata; 12 de Setembro de 1978, expressando a necessidade de ação urgente dos governantes, de todos os que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial,  para proteger e promover a saúde de todos os povos, formula a seguinte Declaração:
I
A Conferência reafirma enfaticamente que a saúde - estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade - é um direito humano fundamental, e que a consecução do mais alto nível possível de saúde é a mais importante meta social mundial, cuja realização requer a ação de muitos outros setores sociais e econômicos, além do setor da saúde.
II
A chocante desigualdade existente no estado dos povos, particularmente entre os países desenvolvimentos e em desenvolvimento, assim como dentro de países, é política, social e economicamente inaceitável, e constitui por isso objeto da preocupação comum de todos os países.
III
 O desenvolvimento econômico e social baseado numa ordem econômica internacional é de importância fundamental para a mais plena realização da meta de saúde para todos e para a redução da lacuna entre o estado de saúde dos países em desenvolvimento e dos desenvolvidos. A promoção e proteção da saúde dos povos é essencial para o contínuo desenvolvimento econômico e social e contribui para a melhor qualidade da vida e para a paz mundial.
IV
  É direito e dever dos povos participar individual e coletivamente no planejamento e na execução de seus cuidados de saúde.
V
Os governos têm pela saúde de seus povos uma responsabilidade que só pode ser realizada mediante adequadas medidas sanitárias e sociais. Uma das principais metas sociais dos governos, das organizações internacionais e toda a comunidade mundial na próxima década deve ser a de que todos os povos do mundo, até o ano 2000, atinjam um nível de saúde que lhes permita levar uma vida social e economicamente produtiva. Os cuidados primários de saúde constituem a chave para que essa meta seja atingida, como parte do desenvolvimento, no espírito da justiça social.
VI
  Os cuidados primários da saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país pode manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e autodeterminação. Fazem parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do qual constituem a função central e o foco principal, quanto do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. Representam o primeiro nível de contato com os indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde pelo qual os cuidados de saúde são levados o mais proximamente possível aos lugares onde pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro elemento de um continuado processo de assistência à saúde.
VII

Os cuidados primários de saúde:
 1. Refletem, e a partir delas evoluem, as condições econômicas e as características sócio-culturais e políticas do país e de suas comunidades, e se baseiam na aplicação dos resultados relevantes da pesquisa social, biomédica e de serviços da saúde e da experiência em saúde pública.
2. Têm em vista os problemas de saúde da comunidade, proporcionando serviços de promoção, prevenção, cura e reabilitação, conforme as necessidades.
3. Incluem pelo menos: educação no tocante a problemas prevalecentes de saúde e aos métodos para sua prevenção e controle, promoção da distribuição de alimentos e da nutrição apropriada, provisão adequada de água de boa-qualidade e saneamento básico, cuidados de saúde materno-infantil, inclusive planejamento familiar, imunização contra as principais doenças infecciosas, prevenção e controle de doenças localmente endêmicas, tratamento apropriado de doenças e lesões comuns e fornecimento de medicamentos essenciais.
4.Envolvem, além do setor, todos os setores e aspectos correlatos do desenvolvimento nacional e comunitário, mormente a agricultura, a pecuária, a produção de alimentos, a indústria, a habitação, as obras públicas, as comunicações e outros setores e requerem os esforços coordenados de todos os setores.
5. Requerem e promovem a máxima autoconfiança e participação comunitária e individual no planejamento, organização, operação e controle dos cuidados primários de saúde, fazendo o mais pleno uso possível de recursos disponíveis, locais, nacionais e outros, e para esse fim desenvolvem, através da educação apropriada, a capacidade de participação das comunidades.
6. Devem ser apoiados por sistemas de referências integrados, funcionais e mutuamente amparados, levando à progressiva melhoria dos cuidados gerais de saúde para todos e dando prioridade aos que têm mais necessidade.
7.Baseiam-se, aos níveis local e de encaminhamento, nos que trabalham no campo da saúde, inclusive médicos, enfermeiras, parteiras, auxiliares e agentes comunitários, conforme seja necessário, convenientemente treinados para trabalhar, social e tecnicamente, ao lado da equipe de saúde e para responder às necessidades expressas da saúde da comunidade.
  
VIII
 Todos os governos devem formular políticas, estratégias e planos nacionais de ação, para lançar e sustentar os cuidados primários de saúde em coordenação com outros setores. Para esse fim, será necessário agir com vontade política, mobilizar os recursos do país e utilizar racionalmente os recursos externos disponíveis.
IX
Todos os países devem cooperar, num espírito de comunidade e serviço para assegurar os cuidados primários de saúde a todos os povos, uma vez que a consecução da saúde do povo de qualquer país interessa e beneficia diretamente todos os outros países. Nesse contexto, o relatório da OMS/UNICEF sobre cuidados primários de saúde constitui sólida base para o aprimoramento adicional e a operação dos cuidados primários de saúde em todo o mundo.
X
Poder-se-á atingir um nível aceitável de saúde para todos os povos do mundo até o ano 2000 mediante o melhor e mais completo uso dos recursos mundiais, dos quais uma parte considerável é atualmente gasta em armamentos e conflitos militares. Uma política legítima de independência, paz, distensão e desarmamento pode e deve liberar recursos adicionais, que podem ser destinados a fins pacíficos, e em particular à aceleração do desenvolvimento social e econômico, do qual os cuidados primários de saúde, como parte essencial, devem receber sua parcela apropriada.
 A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde concita à ação internacional e nacional urgente e eficaz, para que os cuidados primários de saúde sejam desenvolvidos e aplicados em todo o mundo, e particularmente nos países em desenvolvimento, num espírito de cooperação técnica e em consonância com a nova ordem econômica internacional. Exorta os governos, a OMS e o UNICEF, assim como outras organizações internacionais bem como entidades multifacetadas e bilaterais, organizações não governamentais, agências financeiras, todos os que trabalham no campo da saúde e toda comunidade mundial a apoiar um compromisso nacional e internacional para com os cuidados primários de saúde e a canalizar maior volume de apoio técnico e financeiro para esse fim, particularmente nos países em desenvolvimento. A conferência concita todos eles a colaborar para que os cuidados primários de saúde sejam introduzidos, desenvolvidas e mantidos, de acordo com a letra e espírito desta declaração.


sábado, 3 de dezembro de 2011

Saúde




Muito se fala sobre “SAÚDE”, e não são poucos os sites e blogs relacionados a esse assunto, com uma vasta rede de informações de boa, e de má qualidade, sobre doenças, remédios, mitos e muito mais. A “SAÚDE” vem sendo amplamente debatida, mas afinal, o que é “SAÚDE”? Como conceituar esse termo que tanto nos interessa e muito nos preocupa?  

Falar de “SAÚDE” é, não apenas falar de doenças, tratamentos e curas, mas sim, falar do ser humano em seu âmbito geral, um ser pensante, inserido em um meio com inúmeros fatores, sejam, ambientais, sociais, econômicos e culturais, que influenciam diretamente no seu bem estar, pois ao pensarmos em “SAÚDE”, temos que procurar entender que:

Mais do que a ausência da doença, pode se afirmar que “SAÚDE” está diretamente relacionada ao bem estar do individuo, na forma de “SER HUMANO”, tendo em vista o cenário a qual estão inseridos, entre diversos outros fatores.

De acordo com a Organização Mundial De Saúde (OMS):

“Saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença”

Sendo assim, podemos compreender que a “SAÚDE”, não é apenas um processo bilateral entre presença e ausência de fatores que comprometa a boa função do organismo humano. Apesar de esse sistema ser usado na prática pra diagnosticar o estado de “SAÚDE” do individuo, isso significa apenas que a informação sobre a falta de saúde é mais utilizada.

Ter “SAÚDE” é estar bem com você mesmo, é viver em um ambiente seguro, confortável e agradável. É estar bem com o mundo ao seu redor, com a natureza, com a sociedade e com a sua cultura. Ter “SAÚDE” é ter condições dignas de vida, é muito mais do que, simplesmente, ter o que comer e o que beber. É ter trabalho, estudo e diversão.  É ter liberdade e consciência livre. É ter felicidade e vontade de viver.

A “SAÚDE” é o processo “gradual e infinito” de bem estar biopsicossocial.